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segunda-feira, 10 de abril de 2017

Quaresma em Minas Gerais

Vivenciar em Minas Gerais a fé, a arte e a cultura durante a Semana Santa. Esta é a proposta da Secretaria de Estado de Turismo para o feriado prolongado que se aproxima. Municípios mineiros contam com uma programação especial para os fiéis que encontram, nos rituais, uma maneira de relembrar dos últimos momentos até a ressurreição de Cristo.
Belo Horizonte e entorno
Na capital, a Semana Santa é celebrada pelas paróquias da Arquidiocese de Belo Horizonte. Os fiéis se unem em uma grande demonstração de fé, religiosidade e devoção, que tem início no Domingo de Ramos, data que recorda a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém e termina no Domingo de Páscoa, com a celebração da ressurreição.
A dica para quem quer curtir o feriado em Belo Horizonte é visitar o Circuito Liberdade. Todos os espaços estão com programação intensa durante o período. O Inhotim, em Brumadinho, também estará de portas abertas para visitação.
Para quem prefere passear ao ar livre, os Parques Municipais de Belo Horizonte oferecem diferentes opções para desfrutar de bons momentos de lazer, descanso e descontração. Todos eles estarão abertos durante o feriado.

Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade
O Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade, localizado em Caeté, a 48 quilômetros de Belo Horizonte, é um dos roteiros mais procurados pelo turista religioso. A tranquilidade do lugar, situado a 1700 metros acima do nível do mar, é propícia para momentos de reflexão e orações. Em dias claros, é possível, também admirar belas paisagens, tendo como pano de fundo as montanhas de Minas Gerais. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – o Santuário é ponto de encontro dos devotos da padroeira de Minas Gerais, Nossa Senhora da Piedade.
A partir do início da Quaresma – que começou na Quarta de Cinzas –, o local recebe, a cada domingo, aproximadamente quatro mil visitantes que percorrem uma ladeira de cinco quilômetros em Via Sacra que lembra os últimos momentos de Cristo. Desde o início da quaresma, a igreja se veste de luto, todas as imagens dos altares são cobertas de roxo. As procissões percorrem as principais ruas do centro histórico, contado com a participação de alguns moradores que vestem personagens bíblicos. Na sexta-feira da Paixão é montada a representação do calvário na Praça João Pinheiro, ao final do dia, ocorre o decida da Cruz e a procissão de enterro que acompanhada por sociedades musicais do município.

Cidades Históricas
Em São João del Rei, o destaque vai para os tapetes de serragem, confeccionados pelos fiéis para a passagem das procissões. A cidade onde os sinos falam é tomada pelo clima de religiosidade e conta, em sua programação, com diversas procissões, missas e encenações. O Descendimento da Cruz, que acontece na sexta-feira santa, é um dos momentos cênicos mais ricos e tradicionais, no qual é retratada a descida de Jesus da cruz, além do Canto da Verônica e o canto dos passinhos na procissão do enterro, todos em latim. 
 A Semana Santa é uma demonstração da fé que se mantém por aproximadamente 300 anos através de suas cerimonias religiosas. A celebração é a única no Brasil que preservou antigas tradições, hoje abolidas, como a utilização do latim, considerado língua morta que é utilizada nos Motetos, nas Matinas e Laudes, tocadas e cantadas.  
"Vemos este diferencial dos rituais tricentenários como uma herança e um testemunho de fé que nossos antepassados nos legaram. Temos a missão de vivê-los com autenticidade para transmiti-los para os que virão", disse o pároco da Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar em São João del Rei, padre Geraldo Magela.



Mesmo cerimônias tradicionais têm diferenças em São João del Rei. "Aqui por uma tradição, o Lava-pés não é realizado na missa da Ceia do Senhor na quinta-feira (13). Há um rito próprio, do lado de fora, atrás da Basílica do Pilar. Temos o Descendimento da Cruz, às 20h30, nas escadarias da Igreja de Nossa Senhora das Mercês, seguida da procissão do enterro. Considero esta cerimônia o ápice da religiosidade popular mineira", disse o padre.
A cidade ainda guarda para encerrar a Semana Santa outra cerimônia própria: a Solene Coroação de Nossa Senhora, às 20h, na Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar.
"O bispo retira da imagem as espadas que representam as sete dores de Maria, mostrando que, por ter participado do sofrimento de Cristo, Nossa Senhora também participa da vitória. E a Senhora das Dores se torna a Senhora da Alegria. É uma parábola para nós. Se a gente vive com Jesus, com fé, nós também iremos vencer com Ele", explicou.
Em Congonhas, as procissões, ao som das matracas e o toque fúnebre das bandas de música, relembram o cortejo de Jesus aprisionado. Mais de 200 atores representam as figuras bíblicas do Velho e Novo Testamento. Na quinta-feira, na Praça da Igreja Matriz, há encenação da Santa Ceia. Na sexta à noite, um dos pontos altos: a encenação paralitúrgica da Crucificação de Cristo no Adro dos Profetas. Acontece também na Semana Santa em Congonhas o Sermão da Montanha e Exposição de Tapetes Ornamentais “Artechão”.

A Semana Santa em Ouro Preto, além do cenário propício e que relembra a paixão de Cristo, diversos são os atos religiosos, pontos de referências para as celebrações. Junto aos ritos religiosos, há uma produção na cidade para receber milhares de turistas. A cidade oferece diversas atrações durante a semana como encenações litúrgicas nas escadarias e adros das igrejas, via Sacras com quadros vivos, filmes e folheteria, com o histórico e a descrição das cerimônias, indicando rituais e locais, exposições de artes em diversas salas e galerias da cidade, além da confecção do tradicional tapete com cerca de 22 quilômetros, feito com serragem, borra de café, raspa de couro e afins.





 Em Mariana, as festividades do mês santo tem início hoje (11/03) com celebrações penitenciais, sempre às 19h, em diferentes regiões da cidade. Na sexta-feira da Paixão, fiéis cobertos por túnicas brancas percorrem as ruas do centro histórico, no fim da noite, para reviver a "Procissão das Almas", uma antiga lenda marianense. As celebrações se estendem até o dia 27/03, quando acontece o Domingo da Ressurreição, que encerra a programação da Semana Santa com celebração Eucarística na Praça dos Ferroviários e procissão da Ressurreição na Catedral Metropolitana.
Sabará conta com diversas atividades católicas entre sermões, ofícios quaresmais e missas. As ruas da cidade se transformam em cenário de procissões quando os casarões centenários emprestam suas belezas para a celebração da data. O centenário das Dores, de 10 a 16 de abril, propõe que o cristão lembre os difíceis momentos vividos pela mãe de Jesus. No domingo de páscoa haverá missa solene na Praça Melo Viana, em seguida haverá procissão até a Matriz de Nossa Senhora da Conceição.


Em Diamantina, a Semana Santa tem como destaque a encenação da Sexta-Feira da Paixão, com guardiões romanos e cerca de 300 participantes reproduzindo a Via Sacra. Na manhã do Domingo de Páscoa, as ruas são enfeitadas com flores e nas janelas dos sobrados surgem colchas e toalhas coloridas.

A charmosa Tiradentes preserva tradições centenárias nos ritos da Semana Santa. O destaque vai para os passos, pequenos altares construídos no século 18, que ficam fechados durante a maior parte do ano, mas abrem suas portas durante as procissões de Ramos e das Dores. A cerimônia do lava-pés, que ocorre na quinta-feira santa na igreja matriz é um dos eventos mais movimentados. No Domingo de Páscoa, os moradores decoram suas janelas com toalhas bordadas e mudam a paisagem da cidade.

Para uma páscoa especial
Araxá preparou uma celebração especial: a Páscoa Iluminada. A programação, que começa no dia 25 de março e se estende até 24 de abril, conta com espetáculos de padrão mundial com muita música, luzes, tecnologia de ponta e arte. O evento acontece no maior atrativo turístico da região, o famoso Grande Hotel de Araxá.

Além das celebrações cristãs, época de páscoa é também época de saborear deliciosos chocolates.  Monte Verde oferece aos visitantes os mais variados tipos da iguaria: chocolate ao leite, amargo, meio amargo, com recheio de licor, trufas recheadas e fondues. Já se tornou tradição a confecção de um bolo gigante, com tantos metros quantos os anos de fundação do distrito (este ano terá 65 metros) que é distribuído aos moradores e turistas no dia da Páscoa. Para as crianças, ovos de páscoa são escondidos e a sua caça vira uma grande diversão. Além disso, o destino é uma ótima escolha para aqueles que já querem ir desfrutando um pouquinho do clima frio e das paisagens que a cidade oferece.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Pitanga fruta do Brasil e de Minas Gerais

Pitangueira

A pitangueira é uma árvore nativa da Mata Atlântica brasileira, onde é encontrada na floresta semidecidual do planalto e nas restingas, desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul em regiões de clima subtropical. Apesar de ser tipicamente brasileira, esta espécie atualmente pode ser encontrada na ilha da Madeira (Portugal), na América do Sul (ArgentinaBolíviaGuianasParaguaiUruguai e Venezuela), América Central (incluindo Caribe), América do Norte (exceto Canadá) e África (GabãoAngola e Madagascar)[1].

É uma árvore medianamente rústica, de porte pequeno a médio, com 2 a 4 metros de altura, mas alcançando, em ótimas condições de clima e de solo, quando adulta, alturas acima de 6 metros.[3] e até, no máximo, 12m. A copa globosa é dotada de folhagem perene. As folhas pequenas e verde-escuras, quando amassadas, exalam um forte aroma característico. As flores são brancas e pequenas, tendo utilidade melífera (apreciada por abelhas na fabricação do mel).
A planta é cultivada tradicionalmente em quintais domésticos. O seu plantio é feito simplesmente pela colocação de um caroço de pitanga no solo ou pelo transplante de uma muda até o local adequado ou por meio do próprio fruto. Dá-se bem em quase todo tipo de solo, incluindo os terrenos arenosos junto às praias e terrenos secos. É também usada como árvore ornamental em áreas urbanas de cidades brasileiras, na recuperação de áreas degradadas de sistemas agroflorestais multiestrato e em reflorestamentos heterogêneos. As pitangueiras com frutos são um ótimo atrativo para pássaros e animais silvestres em geral. Além de ser usada na medicina popular para tratar cefaleia.
A tradição popular atribui algumas qualidades terapêuticas às infusões feitas com as folhas verdes da pitangueira ("chá" de pitanga ou "chá" de pitangueira)
Pitanga. Fruto pequeno, mas de uma poupa muito gostosa.
Foto: Eduardo Braga. SJDR

Geleia de Pitanga

INGREDIENTES

  • 300 g de pitanga
  • 300 g açúcar refinado
  • Água
  • Vidro para guardar a geleia (vidro esterilizado com água quente)


MODO DE PREPARO
1.              Pegue as pitangas, lave bem, retire os cabinhos que acabam vindo juntas
2.              Pegue a peneira e coloque as pitangas na peneira e amasse bem para sair      a polpa
3.              Coloque na panela a polpa e açúcar, leve ao fogo, deixe derreter o açúcar, mexendo sempre
4.              Acrescente um pouco de açúcar para não grudar no fundo
5.              Mexa até ele ficar encorpado
6.              Ele dá uma reduzida, vai ficar uma calda grossa, mas é uma delícia
7.              Deixe esfriar, depois coloque no vidro
8.              Usar nas torradinhas, biscoitos, no pãozinho
9.              Leve à geladeira








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